sexta-feira, 20 de abril de 2007

25 anos de Glórias ímpares

17 de Abril de 1982, dia marcante na história do Futebol Clube do Porto e, por extensão, do desporto português, europeu e mundial. Após uma década com Américo de Sá ao leme da instituição, o emblema nortenho assistia à eleição de Jorge Nuno Pinto da Costa para seu 33º Presidente, ele que havia surgido como o único rosto capaz de assumir a liderança e projectar o clube - à data vivendo à sombra dos grandes da capital - para os píncaros da fama e glória.


Primeiro como vogal, depois como chefe da secção de Hóquei Patins, cargo que acumulou ao de responsável pelas secções de Hóquei em Campo e Boxe, Pinto da Costa foi assumindo um protagonismo crescente dentro da estrutura do clube, imiscuindo-se na orgânica deste ao ponto de ser indicado por Pinto de Magalhães para Director das Modalidades Amadoras, corria o ano de 1969.
Após um interregno de cinco épocas, regressa em 1976 para ocupar o posto de Director de Futebol, onde, juntamente com José Maria Pedroto, criou as bases para que à Cidade Invicta regressasse o ceptro de Campeão Nacional, dezanove anos volvidos sobre o último sucesso.
O gigante acordara e ventos de mudança varriam a zona oriental do Porto. Pinto da Costa e Pedroto abandonavam o barco em 1980, incompatibilizados com a gestão do Presidente Américo de Sá, cuja posição se tornou insustentável face ao carinho dispensado pela massa associativa à dupla dissidente.
Pinto da Costa era aclamado e acaba por concorrer sozinho às eleições de 1982, assegurando o regresso de Zé do Boné, entretanto resgatado ao Boavista. Estava dado o mote para o mais notável periodo da história do Futebol Clube do Porto. O espectro da Ponte da Arrábida foi derrubado, passando o emblema nortenho a dominar a toda a linha o panorâma desportivo português, com destaque para as duas modalidades que maior paixão despertam ao Presidente, o Futebol e o Hóquei Patins.
A supremacia é evidente, esmagadora, avassaladora, estendendo-se até aos dias de hoje sob a forma de títulos e prestígio à escala planetária.
Nunca o nome da Cidade Invicta foi tão grandemente elevado, conotando-se com as centenas de títulos profissionais arrebatados pelos Dragões a todos os níveis.



Palmarés Sénior

Futebol

* 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1987)
* 1 Supertaça Europeia (1987)
* 1 Taça UEFA (2003)
* 1 Liga dos Campeões (2004)
* 2 Taças Intercontinentais (1987 e 2004)
* 14 Campeonatos Nacionais (cinco deles consecutivos, de 1994 a 1999, constituindo um marco inédito no futebol português)
* 9 Taças de Portugal
* 14 Supertaças Cândido de Oliveira

Andebol

* 4 Campeonatos Nacionais
* 2 Taças de Portugal
* 2 Taças da Liga
* 3 Supertaças

Basquetebol

* 5 Campeonatos Nacionais
* 10 Taças de Portugal
* 3 Taças da Liga
* 4 Supertaças

Hóquei em Patins

* 2 Taças dos Campeões Europeus (1986 e 1990)
* 1 Taça das Taças (1982 e 1983)
* 2 Taças CERS (1994 e 1996)
* 1 Taça Continental (1987)
* 15 Campeonatos Nacionais
* 11 Taças de Portugal
* 14 Supertaças António Livramento

Outros

* 4 títulos no boxe
* 2 títulos no halterofilismo
* 11 títulos na natação
* 2 títulos no voleibol
* dezenas de títulos nas camadas jovens das diversas modalidades



Um quarto de século mais tarde, é este o singelo tributo que o Porto em Perspectiva oferece ao maior de todos os Presidentes da história do desporto português.

Obrigado, Presidente.

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