
No jogo, por ele único e próprio, a primeira parte tem pouca história, foi um jogo morto de ambas as equipas onde o Porto se conseguiu impor e Adriano soube ditar leis, mostrando qualidades onde mais vale, na área - este sucedido não faz esquecer a estranha inclusão do brasileiro, na ausência de Cech, por lesão, e na inexistência de outro extremo que permitiria criar o jogo para o seu futebol. Ainda nesta fase, é de salientar o excelente jogo de Lisandro que conseguiu, sempre, apoquentar a defesa arsenalista, o que lhe valeria dois remates perigosos e fazendo esquecer o seu cansaço, bem como e não menos importância, a extraordinária de defesa de Helton, só ao alcance dos melhores do planeta, se se diz que um guarda-redes pode valer uma equipa, o guardião da selecção canarinha mostrou que isso é verdade - pelo menos, valeu um resultado.
Na saída para o intervalo sentiu-se que o jogo não poderia continuar como estava e a segunda parte veio provar isso, sendo bem menos monótona, o que a levaria a um jogo mais ponderado e de maior notoriedade para o objectivo do golo. Mesmo assim, o Porto continuou superior e o resultado pecou por escasso, aproveitando-se de um Braga que tentava chegar ao empate deixando sempre com um cobertor muito curto, especialmente, com as constantes subidas de Luís Filipe e Jorge Luiz que permitiria e, permitiram na etapa inicial, aos dragões constantes aproveitamentos das faixas laterais, nesta altura evidenciar-se-ia todo trio atacante, com as constantes deslocações de Adriano e o uso das costas da equipa adversária e excelente trabalho defensivo dos outros dois avançados, Lisandro e Quaresma.
O resultado final, se ela existe na estatística de jogo, seria injusto, tal foram as oportunidades falhadas pelos azuis e brancos, o remate de Lucho, após de uma grande penalidade, o cabeceamento de Pepe e o carinho de Licha, são exemplos disso. Contudo, ficaria no sentimento de todos, que os representantes da cidade invicta teriam feito o melhor jogo desde há muito tempo e que a esperança no ressurgimento da equipa, tal como a conhecíamos, está próximo.
Ainda sobre a partida:
1- Toda gente de boa cabeça saberá que o adversário do Porto, é um potencial fortalecedor dos grandes, mas há um jogador, na noite de sábado, que merece a minha referência: Alberto Rodríguez, compreende-se porque segurou o lugar na ausência de Nem. Temos jogador! O equilíbrio posicional do peruano age sobre a defesa do Braga como um exemplo de segurança e torna-o num jogador de outro campeonato. Está no caminho onde outros pretendem chegar!
2- Com enorme infelicidade minha, terei que escrever sobre um assunto que pouco prazer me dará mencionar, aceitando as debilidades da arbitragem mundial, e nesse sentido o meu discurso é simples: não assinalar grandes penalidades, faltas ou enganar-se em foras-de-jogo, compreendo, agora não terem um critério e não saberem as leis de jogos, já não. Para um árbitro internacional é ridículo, ter perdoado o segundo amarelo, em faltas para isso, a Luís Filipe e Jorge Luiz por duas vezes (!) e decidir mostrar o 4 amarelo no campeonato a Meireles quando a falta não indicava a isso! Para agravar a sua actuação, acrescenta-se o episódio com Luís Filipe, que deixou toda gente no estádio, jogadores do Porto incluídos, perplexa, sem saber se o lance deveria continuar ou não.
3- Em último ponto, não podia deixar passar a actuação da claque do Porto, Super Dragões, não tiveram decência! Não souberam deixar os seus ódios de lado, quando a memória do jogador e a família mereciam apoio. Antagonicamente, o restante público do Dragão (portistas de alma e bracarenses) souberam brindar o ex-atleta com uma enorme ovação. De forma contrária, passados uns minutos, já exprobrados pelo público adjacente, souberam mostrar o mais bonito das claques - numa guerra de aclamação do nome das entidades que elas representam.
Os melhores:
Bruno Alves - Para quem tem visto os últimos jogos, tem sido uma surpresa. Neste jogo foi imperial, limpou tudo e mostrou a sua mais valia por diversas vezes, a altura.
Lucho - Apesar de ter saído muito cedo na partida, mostrou-se bem mais empenhado do que noutros jogos. Foi pena a grande penalidade falhada!
Ricardo Quaresma - Usou a sua finta para ganhar faltas, se bem que nunca foram bem executadas, mas permitiu que o Porto subisse no terreno e ganha-se ascendente sobre o jogo.
Adriano - É para o que está! Para marcar golos!
Jorge Costa - Obrigado, por continuares a lembrar-te deste clube!

Os piores:
Jesualdo Ferreira - Será que as lesões de Lucho e Bosingwa não serão sua culpa? Não teríamos um plantel mais capaz, para fazer algumas rodagens?
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