segunda-feira, 12 de março de 2007

Caminho Marítimo para o Título

Foi o expiar de todos os estigmas do FC Porto nos Barreiros, onde o Campeão imperou novamente sobre a Ilha, impondo-se a um Marítimo insuficiente, resignado e remetido a estocadas esporádicas, servindo-se de lances de bola parada para perturbar a organização defensiva visitante. Do laboratório surgiu igualmente o primeiro tento Portista, efusivamente aclamado pelos milhares de adeptos azuis nas bancadas do Caldeirão.


Raúl Meireles somou o quarto golo da temporada na sequência de mais um forte remate de fora da área.

Mal João Ferreira apitara para o início da contenda, já Ibson abandonava o relvado em lágrimas, novamente traído por lesões que teimam em negar ao jovem brasileiro a oportunidade de explanar o seu maravilhoso futebol, do qual, por motivos vários, nos vemos privados já lá vai mais de uma época. Substituiu-o Meireles, habitual dono do jogo interior esquerdo e que, apesar do condicionamento inerente à iminente exclusão do clássico ante o Sporting, rapidamente assumiu a batuta do meio-campo, onde Lucho e Assunção foram uma sombra de si próprios ao longo dos noventa minutos.
Sem deslumbrar, os pupilos de Jesualdo ascenderam à dianteira do marcador à passagem do primeiro quarto de hora em mais uma bela jogada estudada que resultaria no tento de Adriano, o quinto do dianteira na competição e o sétimo do FC Porto na sequência de pontapés de canto.
Os insulares tremeram e Meireles, felino, aproveitou para disferir a estocada definitiva após combinação com Rentería, selando definitivamente quaisquer pretensões reminiscentes do Marítimo em prolongar a soberba série de quatro épocas invictos em seu reduto face aos dragões.
A partida arrastou-se num marasmo até ao final, ressalvando-se a lesão de Bruno Alves, em princípio recuperável para a subsequente jornada, e a entrada de Jorginho, a quem o Professor quis oferecer alguns minutos de competição numa altura em que se afigura como principal alternativa aos homens que compõem o tridente do meio-campo azul-e-branco.
Os verde-rubros protagonizaram ainda um derradeiro esforço, logrando reduzir a desvantagem num remate de meia distância resultante de nova falha de Hélton, ainda assim mais seguro do que se apresentara em Londres. Foi o canto do cisne, pouco mais havia para jogar e coube ainda a Adriano a derradeira incursão perigosa, travada in extremis por Marcos, a quem os anfitreões devem a manutenção de um resultado menos avolumado.
Apito final e festa nas hostes Portistas. O Campeão Nacional passara no Caldeirão, reforçando assim a liderança na Liga Portuguesa ao colocar pressão sobre os mais directos rivais.


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