O Porto deste sábado, foi um Porto ausente, ausentem em: agressividade no meio-campo, capacidade de trabalho e jogo em bloco. Faltou o sentimentos de orgulho e de grandeza por jogar neste clube. Durante anos, não foi comum ver o Porto a ter tantas dificuldades em jogos grandes, pelo contrário eram os outros que as tinham, podia até não ganhar campeonatos ou ter inconvenientes contra equipas mais pequenas, que se fechavam bem e o Porto sem muita velocidade não as conseguia ultrapassar, mas em jogos contra os rivais de Lisboa era certo: «Não nos ganham ou para nos ganharem têm que sofrer muito.»
O Porto entrou senhor do jogo e durante 20 minutos foi assim. Com as oportunidade criadas, os dragões podiam ter inaugurado o marcador muito cedo, mas tal não aconteceu e após este impacto começam a surgir as suas primeiras dificuldades, perante os pés de Nani - que fez o que quis, durante todo o primeiro tempo - e o Sporting reequilibra e, mais, dominaria a partida, sobre um Porto incapaz de responder à sua primeira adversidade - com dificuldade na saída do primeiro passe e, se até as coisas corriam bem, faltava sempre um elemento, mais sereno (um Lucho), capaz de fazer o último passe. Nesta fase valeria Helton e o azar ou azelhice dos avançados do Sporting. Neste periodo, Jesualdo mostrava incapacidade em ver que teria sido mais importante para o Porto trocar as posições de Meireles e Lucho ou jogar num sistema com dois trincos, tal era a dificuldade (compreensível) de Fucile em defender em um para um com Nani e a liberdade dada ao jogador português dos leões.
A segunda parte, teria que ser diferente para a equipa caseira e a substituição de Alan era mais que evidente, para Jesualdo não a fazer. Para o seu lugar entrou Postiga, que com a sua segurança na circulação e manutenção da bola, permitiu aos nortenhos um equilíbrio no jogo e capacidade de ter bola no último terço, mas com a sua deslocação para médio ofensivo e Quaresma para avançado(?), o FC Porto perderia capacidade de ir à linha e as jogadas morreriam muito antes do remate final. Num jogo controlado pelos sportinguistas em todo campo, o encontro perderia vivacidade e sentiu-se que só seria decidido por uma jogada individual ou num lance de bola parada, e tal aconteceu! Aos 71, perante a cobrança de livre de Tello, o Sporting inauguraria o marcador e ganhava a partida.
Numa vitória justa do Sporting, o Porto foi incapaz de se intitular grande. As alterações de Jesualdo, no mínimo, são ridículas e não foi incapaz de corrigir os seus erros, a sua ingenuidade foi a tal ponto que pensava que conseguiria ganhar ao Sporting jogando também em "losango". Se, antes do jogo, já era difícil pensar num cenário de vitória na Luz, depois dele, ainda se torna mais difícil.
Os melhores:
Helton, foi a única coisa boa no Porto, não deixou que o resultado se alargasse mais. A única falha que se lhe pode apontar é no remate de Nani, nos 88 minutos, mas mesmo aí conseguiu responder bem no ressalto da jogada.
Postiga, quando entrou mudou tudo, trouxe a segurança de bola que o ataque precisava!
Os piores:
Jesualdo. Alan? Jorginho? Vieirinha? Bosingwa? A perder substitui-se simplesmente os avançados? Título? Mentira?
Lucho, não merece estar tantas vezes nos piores, tem mestria para estar no topo e certamente não será por sua culpa, pois, já merecia um descanso.
terça-feira, 20 de março de 2007
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