quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Não há estrelas no céu...



Foi com 2 empates  que o Porto fechou um terço de campeonato, até aqui quase imaculado. No último dos quais, obtido na  deslocação ao terreno do Estrela da Amadora, Jesualdo fez entrar na reboleira a equipa que até aqui lhe tem dado mais garantias, apresentando o seu tridente de meio campo habitual com o regresso de Lucho González.

O jogo começou morno e assim continuou até ao 1º golo de Lisandro. Um bom lance do argentino, que eleva assim a sua contagem para os 9 golos em 10 jogos, perfilando-se desde já, como um dos maiores artilheiros europeus. A partir daqui o Porto domina a seu belo prazer, perante um estrela muito lento, sem argumentos que fizessem frente ao Bicampeão Português. Caminhava-mos lentamente até ao intervalo, com o porto a jogar a velociadade cruzeiro, mas a apresentar algumas boas jogadas de relativo perigo.

No inicio da 2ª parte, o dominio do Porto evidenciou-se ainda mais, com um bom lance de quaresma a abrir, e logo depois, o 2º golo do Porto. Uma boa jogada de colectivo iniciada e finalizada por Raul Meireles.
A toada de jogo não mudou, o Porto ia criando jogo a espaços, quase sempre através do mesmo protagonista, Ricardo Quaresma.  Mais objectivo , mais colectivo, mostrou mais uma vez, porque é a grande figura do nosso campeonato. Nesta altura o Porto podia ter ampliado o placard, não fossem os postes negar mais um golo a lisandro, após jogada magistral de...Quaresma...
Aos 69 minutos deram-se inicio às substituições, saindo Lucho para dar lugar a Bollatti. A partir daqui o jogo que já estava lento perdeu completamente o interesse. A equipa do Porto acomodou-se à vantagem de 2 golos, e limitou-se a trocar a bola à espera do apito final. O Estrela vendo-se em desvantagem parecia, estranhamente, satisfeito com o resultado. Foi então que dum livre da esquerda, Maurício salta mais alto que Hélton, e cabeceia a bola para o fundo da baliza portista. Um erro infantil do guardião portista que viria a tornar-se fatal. O milagre aconteceu já nos descontos com outro lance infeliz da defensiva portista, desta feita foi Stepanov, ao cometer grande penalidade por puxão a Jeremiah.
O empate consumava-se como de um golpe de teatro se tratasse. O domínio e controlo do Porto foi total, mas a felicidade sorriu aos visitados nos ultimos instantes da partida.

O Porto sai assim da reboleira com uma divisão de pontos com sabor a derrota, por culpa própria. Jesualdo ao tirar Lucho a largos minutos do final, não passou a ideia correcta à equipa.
Contudo os jogadores não podem interpertar desta forma as substituiçoes do treinador. Não é por sair um jogador importante, que se relaxa e se deixa o jogo arrastar até final. Exesso de confiança e falta de profissionalismo caracterizam, perfeitamente, os ultimos 20 minutos da equipa do F.C.Porto.
Por aqui se vê que Jesualdo tem ainda muito trabalho pela frente, até porque não é primeira vez que assistimos a situaçoes destas, mas será que é capaz ?

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