quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Garantia da sua liberdade

A vitória no jogo desta terça dava a qualquer uma da equipa muito mais do que os três pontos, garantia a liberdade de só depender de si - dava a possibilidade de afiançar o apuramento para a fase seguinte, estar em vantagem na luta pelo primeiro lugar e, no caso do Porto, de permitir uma deslocação a Anfield Road tranquila. No pensamento das equipas estava o jogo de há duas semanas, onde o empate não tinha agradado a ninguém, a um conjunto azul e branco que viu duas bolas a embater no poste e ao Marselha que tinha perdido dois pontos em casa, após ter estado a vencer por 1-0. Na sua história a equipa do sul de França nunca tinha vencido nenhum jogo em Portugal para a Liga dos Campeões, já os Dragões ainda se lembravam da vitoriosa época de 2003/04 onde ganharam a três adversários franceses.

O Porto iniciaria em 4-3-3, com Tarik e Quaresma bem abertos nas alas, apoiando o ponta-de-lança argentino Lisandro; já o meio-campo contava com uma surpresa a inclusão de Cech em substituição do lesionado Lucho, onde Meireles passaria a jogar sobre a direita e Paulo Assunção como elemento mais defensivo deste sector; a defesa contava com o seu melhor quinteto até agora, Bosingwa, Bruno Alves, Stepanov, Fucile e na baliza Hélton. Os mediterrânicos jogariam num 4-5-1, que tinha como principal características os dois trincos, deixando o regressado Nasri livre para movimentações: Mandanda; Bonnart, Givet, Rodriguez, Taiwo; M’Bami, Cana, Valbuena, Ayew, Nasri; e Niang.

O peso do encontro sentir-se-ia na equipa portuguesa, que faria um jogo nervoso durante os primeiros minutos – resultando em sucessivos passes falhados, que influenciaria a sua velocidade na transição defesa-ataque – criando só perigo nos através de um desvio de Bruno Alves, após livre do Ricardo Quaresma. O Marselha, nesse período, estaria francamente melhor – mais pressionante e com espaço para trocar a bola –, que produziria algumas jogadas de perigo junto à baliza de Hélton; mas contra o rumo do jogo o Porto faria o 1-0, numa jogada monumental de Tarik, fazendo lembrar Zahovic, que aproveitando o desacerto marselhês, passaria por todos e concluiria a jogada e o resultado para o intervalo.

A segunda parte iniciaria com o golo do Marselha, após falha defensiva portista. Que obrigou a Fucile a defender em um para dois jogadores dos mediterrânicos – algo que aconteceu também durante toda a primeira parte – e que Marek Cech decidiu não corrigir nos minutos iniciais da segunda. Este tento obrigava Jesualdo Ferreira a mexer na equipa, se não queria ir jogar a Liverpool dependendo do resultado em Inglaterra, e faria entrar Postiga para o lugar do Cech (perto dos 60 minutos) e os Dragões com isso ganhariam mais capacidade de circulação de bola e com a saída de Meireles, por lesão, para a entrada de Bolatti, o Porto atingiria maior solidez no centro do meio-campo. Levando dois minutos depois, aos 71, a bola a embater na trave após cabeceamento de Lisandro, que voltaria a repetir a graça aos 78, após cruzamento de Quaresma, mas desta vez resultaria em golo dos azuis e brancos e num novo desatar do empate. O jogo estava muito próximo do fim, mas sem antes Postiga e Fucile trazerem perigo à baliza de Mandanda.

A vitória dá ao Porto o primeiro lugar e que garante-lhe, qualquer que seja o resultado em Liverpool, um lugar qualificável para a última jornada – vendo-se só obrigado a fazer dois pontos em dois jogos. Na próxima jornada, para garantir desde já a qualificação e se possível o primeiro posto, o Porto tentará fazer o inédito – de vencer em Inglaterra pela primeira vez em competições oficiais.


Golo de Tarik

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bem....é pra ganhar ao Liverpool. =P