quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Humilhação Europeia

Acabou hoje a invencibilidade do FC Porto que durava desde a derrota com o Sporting para a Supertaça Cândido de Oliveira. Se ao intervalo o Porto parecia capaz de poder trazer para a Invicta um resultado positivo, a verdade é que acabou goleado por 4-1.

O Golo de Lisandro foi insuficiente para obter o empate que carimbava a passagem à próxima fase.

O FC Porto entrou em campo com algumas surpresas no onze inicial: as entradas de Marek Cech, Kazmierczack e Mariano Gonzaléz para os lugares habitualmente ocupados por Fucile, Raúl Meireles e Tarik Sektioui.

O jogo começou com o Liverpool a comandar, tentando chegar cedo à vantagem necessária para continuarem a sonhar com o apuramento para a próxima fase da Liga Milionária.
E aos 19 minutos, na sequência de um canto, Fernando Torres fez um 1-0, de cabeça, resultado de uma falha de marcação de Lucho Gonzaléz. O Porto demorou um pouco a reagir ao golo, tendo o Liverpool, durante largos períodos de tempo encostado o Porto à sua área. Nesta fase Bosingwa destacou-se ao estar imperial na defesa, realizando várias antecipações, mas também no apoio ao ataque, combinando muitas vezes com Lucho e Quaresma.
Nos últimos quinze minutos do primeiro tempo o dragão mostrou verdadeiramente a sua chama, chegando à igualdade no minuto 33: Kazmierczack aparece na lateral, passando por Mascherano e ganhando espaço para tirar um cruzamento ao qual Lisandro respondeu de cabeça, no coração da área dos Reds, empurrando a bola para dentro da baliza do espanhol Pepe Reina.
Ainda antes do intervalo, uma oportunidade para cada lado: Primeiro Stepanov a cometer um erro crasso, dando a Benayoun a oportunidade de isolar Fernando Torres. Valeu o corte de Bruno Alves. Para o lado do Porto, enorme passe de Lucho para as costas da defesa do Liverpool, aparecendo Lisandro cara a cara com o guarda-redes, atirando a bola a escassos centímetros do poste esquerdo.

Na primeira metade da segunda parte o jogo foi equilibrado, com ataques quer de um lado, quer do outro. No entanto, com a entrada de Peter Crouch, tudo mudou: o Liverpool encostou o Porto às cordas e chegou à vantagem, com o bis de Torres. O espanhol livrou-se de Stepanov e Bosingwa, rematando de pé direito para o fundo das redes de Hélton.
A equipa desconcentrou-se e Stepanov cometeu mais um de muitos erros, numa noite miserável do jovem sérvio, cometendo penalty por mão na bola. Gerrard encarregou-se de eliminar as dúvidas, se é que estas existiam.
Mas ainda não estava acabado por aqui. O gigante inglês Peter Crouch, fechou a contagem, com uma desatenção colectiva da defesa do Porto, marcando, mais uma vez de cabeça, na sequência de um canto.

O Porto sai de Liverpool com um resultado pesado que pode deitar abaixo os índices psicológicos para a importante deslocação à Luz.

domingo, 25 de novembro de 2007

O regresso da normalidade

Depois de dois empates, o FC Porto voltou às vitórias perante 37 mil espectadores e logo contra o Vitória de Setúbal que já levava 14 jogos sem conhecer o sabor amargo da derrota. Assim, o FC Porto vai ao Estádio da Luz com maior tranquilidade e com a certeza de que independentemente do resultado, jogará a 14ª jornada como líder da Bwin Liga.



Duas semanas depois do surpreendente e vergonhoso resultado alcançado na Reboleira, diante do Estrela da Amadora, o FC Porto voltava a jogar para a Bwin Liga sabendo que o Benfica estava apenas a um ponto (mas com mais um jogo), isto a uma semana do embate na Luz, no próximo sábado. Em relação ao jogo da Amadora, apenas duas alterações. A entrada de Pedro Emanuel para o lugar de Stepanov e a entrada de Marek Cech para o lugar de Jorge Fucile.
E a verdade é que este jogo frente ao invicto Vitória de Setúbal começou da melhor maneira para os líderes do campeonato. Aos 5 minutos e após excelente jogada de Lucho González, Lisandro López rematou para o seu 10º golo em 10 jogos (falhou a primeira jornada, em Braga). Estava dado o primeiro passo rumo aos 3 pontos.
A partir daí, algumas jogadas de perigo, nomeadamente dois remates de Quaresma e Bosingwa que passaram perto da baliza de Eduardo. A verdade é que o resultado agradava ao Porto e o Setúbal não conseguia pôr em prática o seu futebol rápido, de contra-ataque. E por isso, o resultado ao intervalo era, sem surpresa, 1-0 para os azuis-e-brancos.

Para a segunda parte, o FC Porto entrou a todo o gás com um remate de Lisandro defendido por Eduardo e logo de seguida, uma jogada em que Lucho ultrapassa Eduardo mas com o ângulo de remate reduzido, não consegue ampliar o resultado. Este jogo continuava a ser de sentido único e nem as substituições operadas por Carlos Carvalhal conseguiram mudar o rumo aos acontecimentos. O Porto dominava mas não desistia de procurar o golo, mostrando que aprendeu a lição dos últimos dois jogos. Golo que poderia ter surgido aos 71 minutos se Carlos Xistra tivesse assinalado uma grande penalidade por falta cometida sobre Lisandro López. O penalty não foi assinalado e felizmente, acabou por não ter influência no resultado, porque o Setúbal continuava a ser uma imitação de fraca qualidade da equipa que foi empatar à Luz e a Alvalade e porque, acima de tudo, Ricardo Quaresma tirou um coelho da cartola a 5 minutos do fim. Passe de Mariano González e Ricardo Quaresma atira do meio da rua para o segundo do Porto. Estava dada a machadada final no jogo e na equipa setubalense. Daí até ao apito final do albicastrense Carlos Xistra, apenas mais uma oportunidade de golo, através do inevitável Lisandro López. O FC Porto somou a sua 9ª vitória em 11 jogos para o campeonato e continua com 4 pontos de vantagem sobre o Benfica a uma semana do jogo da Luz e a 3 dia de
um importante jogo em Anfield Road, frente ao Liverpool a contar para a UEFA Champions League e em que o FC Porto pode garantir a passagem aos oitavos-de-final da prova.

MVP:

Lisandro López-> Marcou mais um golo, mantendo a fantástica média de um golo por jogo e continua a mostrar que é o jogador do FC Porto em melhor forma. Mas o Licha não é só golos. É luta, entrega total e qualidade. Faz jogar os companheiros, dá o máximo em todos os lances e tem uma qualidade fenomenal, no remate, na finta e no passe. É um jogador à Porto que certamente, chamará a atenção de Alfio Basile se continuar "a levar ao colo" a equipa de Jesualdo Ferreira.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Não há estrelas no céu...



Foi com 2 empates  que o Porto fechou um terço de campeonato, até aqui quase imaculado. No último dos quais, obtido na  deslocação ao terreno do Estrela da Amadora, Jesualdo fez entrar na reboleira a equipa que até aqui lhe tem dado mais garantias, apresentando o seu tridente de meio campo habitual com o regresso de Lucho González.

O jogo começou morno e assim continuou até ao 1º golo de Lisandro. Um bom lance do argentino, que eleva assim a sua contagem para os 9 golos em 10 jogos, perfilando-se desde já, como um dos maiores artilheiros europeus. A partir daqui o Porto domina a seu belo prazer, perante um estrela muito lento, sem argumentos que fizessem frente ao Bicampeão Português. Caminhava-mos lentamente até ao intervalo, com o porto a jogar a velociadade cruzeiro, mas a apresentar algumas boas jogadas de relativo perigo.

No inicio da 2ª parte, o dominio do Porto evidenciou-se ainda mais, com um bom lance de quaresma a abrir, e logo depois, o 2º golo do Porto. Uma boa jogada de colectivo iniciada e finalizada por Raul Meireles.
A toada de jogo não mudou, o Porto ia criando jogo a espaços, quase sempre através do mesmo protagonista, Ricardo Quaresma.  Mais objectivo , mais colectivo, mostrou mais uma vez, porque é a grande figura do nosso campeonato. Nesta altura o Porto podia ter ampliado o placard, não fossem os postes negar mais um golo a lisandro, após jogada magistral de...Quaresma...
Aos 69 minutos deram-se inicio às substituições, saindo Lucho para dar lugar a Bollatti. A partir daqui o jogo que já estava lento perdeu completamente o interesse. A equipa do Porto acomodou-se à vantagem de 2 golos, e limitou-se a trocar a bola à espera do apito final. O Estrela vendo-se em desvantagem parecia, estranhamente, satisfeito com o resultado. Foi então que dum livre da esquerda, Maurício salta mais alto que Hélton, e cabeceia a bola para o fundo da baliza portista. Um erro infantil do guardião portista que viria a tornar-se fatal. O milagre aconteceu já nos descontos com outro lance infeliz da defensiva portista, desta feita foi Stepanov, ao cometer grande penalidade por puxão a Jeremiah.
O empate consumava-se como de um golpe de teatro se tratasse. O domínio e controlo do Porto foi total, mas a felicidade sorriu aos visitados nos ultimos instantes da partida.

O Porto sai assim da reboleira com uma divisão de pontos com sabor a derrota, por culpa própria. Jesualdo ao tirar Lucho a largos minutos do final, não passou a ideia correcta à equipa.
Contudo os jogadores não podem interpertar desta forma as substituiçoes do treinador. Não é por sair um jogador importante, que se relaxa e se deixa o jogo arrastar até final. Exesso de confiança e falta de profissionalismo caracterizam, perfeitamente, os ultimos 20 minutos da equipa do F.C.Porto.
Por aqui se vê que Jesualdo tem ainda muito trabalho pela frente, até porque não é primeira vez que assistimos a situaçoes destas, mas será que é capaz ?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Garantia da sua liberdade

A vitória no jogo desta terça dava a qualquer uma da equipa muito mais do que os três pontos, garantia a liberdade de só depender de si - dava a possibilidade de afiançar o apuramento para a fase seguinte, estar em vantagem na luta pelo primeiro lugar e, no caso do Porto, de permitir uma deslocação a Anfield Road tranquila. No pensamento das equipas estava o jogo de há duas semanas, onde o empate não tinha agradado a ninguém, a um conjunto azul e branco que viu duas bolas a embater no poste e ao Marselha que tinha perdido dois pontos em casa, após ter estado a vencer por 1-0. Na sua história a equipa do sul de França nunca tinha vencido nenhum jogo em Portugal para a Liga dos Campeões, já os Dragões ainda se lembravam da vitoriosa época de 2003/04 onde ganharam a três adversários franceses.

O Porto iniciaria em 4-3-3, com Tarik e Quaresma bem abertos nas alas, apoiando o ponta-de-lança argentino Lisandro; já o meio-campo contava com uma surpresa a inclusão de Cech em substituição do lesionado Lucho, onde Meireles passaria a jogar sobre a direita e Paulo Assunção como elemento mais defensivo deste sector; a defesa contava com o seu melhor quinteto até agora, Bosingwa, Bruno Alves, Stepanov, Fucile e na baliza Hélton. Os mediterrânicos jogariam num 4-5-1, que tinha como principal características os dois trincos, deixando o regressado Nasri livre para movimentações: Mandanda; Bonnart, Givet, Rodriguez, Taiwo; M’Bami, Cana, Valbuena, Ayew, Nasri; e Niang.

O peso do encontro sentir-se-ia na equipa portuguesa, que faria um jogo nervoso durante os primeiros minutos – resultando em sucessivos passes falhados, que influenciaria a sua velocidade na transição defesa-ataque – criando só perigo nos através de um desvio de Bruno Alves, após livre do Ricardo Quaresma. O Marselha, nesse período, estaria francamente melhor – mais pressionante e com espaço para trocar a bola –, que produziria algumas jogadas de perigo junto à baliza de Hélton; mas contra o rumo do jogo o Porto faria o 1-0, numa jogada monumental de Tarik, fazendo lembrar Zahovic, que aproveitando o desacerto marselhês, passaria por todos e concluiria a jogada e o resultado para o intervalo.

A segunda parte iniciaria com o golo do Marselha, após falha defensiva portista. Que obrigou a Fucile a defender em um para dois jogadores dos mediterrânicos – algo que aconteceu também durante toda a primeira parte – e que Marek Cech decidiu não corrigir nos minutos iniciais da segunda. Este tento obrigava Jesualdo Ferreira a mexer na equipa, se não queria ir jogar a Liverpool dependendo do resultado em Inglaterra, e faria entrar Postiga para o lugar do Cech (perto dos 60 minutos) e os Dragões com isso ganhariam mais capacidade de circulação de bola e com a saída de Meireles, por lesão, para a entrada de Bolatti, o Porto atingiria maior solidez no centro do meio-campo. Levando dois minutos depois, aos 71, a bola a embater na trave após cabeceamento de Lisandro, que voltaria a repetir a graça aos 78, após cruzamento de Quaresma, mas desta vez resultaria em golo dos azuis e brancos e num novo desatar do empate. O jogo estava muito próximo do fim, mas sem antes Postiga e Fucile trazerem perigo à baliza de Mandanda.

A vitória dá ao Porto o primeiro lugar e que garante-lhe, qualquer que seja o resultado em Liverpool, um lugar qualificável para a última jornada – vendo-se só obrigado a fazer dois pontos em dois jogos. Na próxima jornada, para garantir desde já a qualificação e se possível o primeiro posto, o Porto tentará fazer o inédito – de vencer em Inglaterra pela primeira vez em competições oficiais.


Golo de Tarik

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

25 Pontos Conquistados em 27 Pontos Possíveis

Foi um jogo de oscilações. Primeiro uma lesão madrugadora do melhor e mais regular atleta azul e branco, Lucho González. Em segundo, um golo a favor numa fase morna da partida. De seguida, um Belenenses perigoso, avisando mais do que uma vez o F.C. Porto que não poderia entrar em facilidades. Em quarto, um intervalo que acabaria por se revelar mais benéfico para a equipa de Belém que para o F.C. Porto, pois os azuis entraram com querer e acabaram por empatar a partida ao fim de 6 minutos. Entre o quinto e o sétimo, enquanto o F.C. Porto correu atrás do prejuízo e procurava chegar de novo à vantagem de forma sufocante e não própria para cardíacos, ainda restava tempo para o momento seis, isto é, uma ou outra tentativa de contra-ataque por parte do Belenenses, mais para respirar que para provocar perigo. Oitavo, como o número de cartões amarelos mostrados. Dois para o F.C. Porto. Seis para o Belenenses. Por último, o Nono Momento, o final de uma série histórica de 8 vitórias consecutivas.

FICHA DE JOGO

Liga 07/08, 9ª Jornada
2 de Novembro de 2007
Estádio do Dragão, Porto

Assistência: 38.423 Espectadores

F.C. Porto: Helton - Fucile, Stepanov, Bruno Alves, Cech - Lucho González [Leandro Lima (Tarik Sektioui)], Paulo Assunção, Raul Meireles - Lisandro López, Hélder Postiga (Adriano), Quaresma.

Não Utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Lino, Bolatti.
Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: Hélder Postiga (21') e Zé Pedro (51')