terça-feira, 23 de setembro de 2008

Encalhados nas Caxinas

Revelando uma apatia inaceitável para uma formação que procura revalidar o estatuto de Campeão, o FC Porto concedeu meio jogo de avanço ao Rio Ave. Perseguindo os três pontos após o interregno, os Dragões denunciaram novamente displicência e parca clarividência no último reduto adversário. O nulo constituiu um castigo merecido.


Lisandro continua incompatibilizado com a baliza após três partidas da Liga


Possivelmente acusando a exigência do embate de quarta-feira, a equipa apresentou-se no estádio dos Arcos depauperada, não aparentando ser capaz de contornar as dificuldades impostas pelo bem estruturado conjunto vila-condense, às ordens de João Eusébio.
Com a ala esquerda uruguaia em notório défice e Mariano novamente pouco inspirado, foi pelo centro que os azuis-e-brancos canalizaram a maior parte do seu jogo ofensivo, ainda que tanto Lucho como Meireles não se exibissem com particular fulgor. Acabou por ser um elemento improvável a sacudir a monotonia: Sapunaru arrancou pelo seu flanco e, após tabelinha com Lucho, ganhou a linha de fundo, atirando para defesa apertada de Paiva.
Do outro lado, as transições rápidas do Rio Ave provocaram alguns embaraços, expondo a intranquilidade dos jovens Rolando e, principalmente, Fernando. Helton foi forçado a duas boas intervenções até ao intervalo, após o qual Jesualdo se viu na necessidade de promover alterações.
Inconformado, o Professor subtraiu Mariano e Fucile à partida, apostando em Hulk e Lino. E se o avançado voltou a ser infeliz, já Lino revelou-se uma aposta ganha, contribuindo decisivamente para o estabelecimento de um domínio Portista que se intensificaria progressivamente até ao apito final.
Os defesas Sapunaru e Bruno Alves encontraram o caminho da baliza, mas os postes impediram o golo. Também Lisandro esteve por duas ocasiões na iminência de abrir o marcador, mas o goleador máximo da última edição da Liga ainda não reencontrou a soberba forma da época passada.
Os Dragões podem ainda queixar-se de uma grande penalidade evidente que Pedro Proença entendeu não sancionar, mas terão forçosamente que encontrar respostas na sua própria inépcia para encarar a próxima recepção ao Paços de Ferreira.

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