sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Fechando com Chaves de ouro

Na ressaca de um autoritário triunfo na Luz, o FC Porto pôs término a um crucial ciclo - três desafios fora de portas em pouco mais de uma semana - em Trás-Os-Montes, onde o Desportivo de Chaves não apresentou argumentos para superar maior experiência e qualidade dos azuis-e-brancos. As finalizações certeiras de Postiga e Adriano ditaram leis no regresso de uma cidade histórica à rota das grandes noites do futebol português.


Fiel à lógica de rotação do plantel nas partidas de menor importância, Jesualdo Ferreira estruturou a equipa num falso 4-4-2, com Leandro Lima a cair amiúde nos flancos e Postiga a assumir a função de organizador de jogo. Adriano assumiu a titularidade face à ausência de Farías, Mariano substituiu directamente Ricardo Quaresma e a dupla de trincos teve desta vez por intérpretes Bolatti e Kaz. Na defesa, Pedro Emanuel e Fucile, únicos sobreviventes da contenda do passado fim-de-semana, contaram com a companhia de João Paulo e Lino, sendo que Hélton cedeu o seu lugar na baliza a Nuno Espírito Santo.
Galvanizados por uma moldura humana que há quase uma década não se vislumbrava em terras do Alto Tâmega, os flavienses entraram determinados a causar surpresa, protagonizando a primeira oportunidade logo a abrir, mediante um lance estudado que fez o esférico embater no poste da baliza portuense. A réplica tardou e surgiu apenas a meio do primeiro tempo, já depois de os Bi-Campeões Nacionais terem tomado as rédeas da partida; Leandro Lima, de bola parada, deu o mote para uma sequência de jogadas perigosas desperdiçadas sucessivamente por Postiga, Mariano e Adriano.
Já com a superioridade bem vincada, os Dragões viram os Chaves ameaçar novamente após o reatamento, mas viriam a sentenciar a partida aos 53', quando Hélder Postiga correspondeu implacavelmente à assistência de cabeça de Kazmieczak para desfeitar o guardião Rêgo e somar o seu segundo tento da temporada.
A resistência flaviense vergou então. O aguerrido conjunto anfitreão, líder da 2ª Divisão B Zona Norte, pagou a factura do esforço dispendido ao procurar implementar marcações homem-a-homem a toda a largura do relvado, sucumbindo à pressão Portista, reforçada pelas entradas dos craques Lucho e Lisandro. Foi o número 8 o responsável pelo cruzamento que, já ao cair do pano, permitiu a Adriano assinar pela primeira ocasião nesta temporada a folha de goleadores, selando o incontestável triunfo do FC Porto, o primeiro de Jesualdo Ferreira em jogos a eliminar desde que assumiu os destinos do Clube.

Ciclo que se fecha, ciclo que se abre. Seguem-se dois importantes desafios em casa, ante Besiktas - empate basta para seguir em frente na Champions - e Vitória de Guimarães, terceiro classificado da Liga Portuguesa.

Sem comentários: