Pela segunda ocasião consecutiva a decisão da Supertaça Cândido de Oliveira foi remetida para a cidade de Leiria, apesar de o desfecho ter assumido contornos diametralmente opostos aos da época transacta. Campeão e vencedor da Taça encontraram-se no Magalhães Pessoa numa partida tacticamente cerrada, à qual a maior coesão dos Dragões não chegou para conferir o desenlace mais justo.
O motivo pelo qual a superioridade Portista não se estendeu ao resultado adveio do exagerado respeito devotado por Jesualdo ao adversário. O técnico transmontano temeu o Sporting, esquematizando a equipa numa tentativa primordial de travar o meio-campo leonino ao invés de assumir, como impunham estatuto e potencial, o jogo.
Tendo vindo a desenvolver uma fórmula de 4-3-3 relativamente clássica, o Campeão Nacional abjurou ontem os seus princípios, subtraindo Lisandro à ala direita para lhe atribuir funções primordiais de marcador directo de Miguel Veloso, o que constitui um erro crasso tanto por relativizar a inegável influência que o argentino representa para a manobra ofensiva da equipa, sobrecarregando Quaresma, como por vetar Bosingwa à estóica missão de abrir por si só caminho por todo o corredor direito face a diversos adversários.
Por outras palavras, o Futebol Clube do Porto foi exactamente aquilo que Jesualdo pretendia - dominador - mas, no reverso da medalha, incapaz de, exceptuando lances de bola parada, levar perigo à baliza contrária. Aproveitou o Sporting para, no único remate à baliza de Hélton, selar o destino do troféu.
Perder identidade de jogo por submissão ao meio-campo de um adversário que nos é inferior foi, definitivamente, o ponto mais negativo da noite, que ficou novamente manchada por uma decisão - ou falta dela - de um dos mais promissores àrbitros portugueses, incapaz de discernir mão de Tonel na àrea sportinguista apesar da sua posição priveligiada e desimpedida do lance.
Salvaram-se Jorge Fucile, em mais uma exibição de um crer inexcedível, e os fantásticos adeptos que golearam o Sporting fora das quatro linhas.
Jesualdo Ferreira tem agora duas provas de fogo não só à equipa como também à sua ambição enquanto treinador.
Tendo vindo a desenvolver uma fórmula de 4-3-3 relativamente clássica, o Campeão Nacional abjurou ontem os seus princípios, subtraindo Lisandro à ala direita para lhe atribuir funções primordiais de marcador directo de Miguel Veloso, o que constitui um erro crasso tanto por relativizar a inegável influência que o argentino representa para a manobra ofensiva da equipa, sobrecarregando Quaresma, como por vetar Bosingwa à estóica missão de abrir por si só caminho por todo o corredor direito face a diversos adversários.
Por outras palavras, o Futebol Clube do Porto foi exactamente aquilo que Jesualdo pretendia - dominador - mas, no reverso da medalha, incapaz de, exceptuando lances de bola parada, levar perigo à baliza contrária. Aproveitou o Sporting para, no único remate à baliza de Hélton, selar o destino do troféu.
Perder identidade de jogo por submissão ao meio-campo de um adversário que nos é inferior foi, definitivamente, o ponto mais negativo da noite, que ficou novamente manchada por uma decisão - ou falta dela - de um dos mais promissores àrbitros portugueses, incapaz de discernir mão de Tonel na àrea sportinguista apesar da sua posição priveligiada e desimpedida do lance.
Salvaram-se Jorge Fucile, em mais uma exibição de um crer inexcedível, e os fantásticos adeptos que golearam o Sporting fora das quatro linhas.
Jesualdo Ferreira tem agora duas provas de fogo não só à equipa como também à sua ambição enquanto treinador.
3 comentários:
tudo dito, apesar de achar que não dominamos, apenas controlamos o jogo, o que é muito pouco.
o jesualdo com certeza estava a espera que o Quaresma fizesse tudo sozinho, não deu, e não conseguimos aproveitar alguns erros do gk do Sporting.
fica marcada a desforra pá 2º jornada
Nada mais a apontar.
O Fucile esteve enorme, quer a defender quer a produzir ofensivamente, onde causou tanto ou mais incómodo que o Quaresma.
Falhanço redondo de Jesualdo ao fazer alinhar um meio campo preso e demasiado combativo, sem haver quem fizesse as transições. Ainda se houvesse Pepe...
Gostei da análise e concordo com ela na sua maioria mas tal como o Barroso disse, e muito bem, nós não dominamos o jogo mas sim fomos controlando.
Fica aqui uma boa análise do jogo onde infelizmente o nosso clube do coração não conseguiu levar a melhor sobre um Sporting muito apagado e 'sortudo'.
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