segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Paços largos para o Tri

Na ressaca da derrota em Gelsenkirchen, o FC Porto recebeu e venceu o Paços de Ferreira na 20º jornada da Bwin Liga. Uma exibição q.b. frente a um adversário que não conseguiu incomodar verdadeiramente o campeão nacional que assim, continua tranquilo no seu passeio rumo ao tri-campeonato.


Era um Porto sem Ricardo Quaresma aquele que se apresentava frente ao 15º classificado do campeonato. Em relação ao jogo com o Schalke 04, três alterações. O regresso de Bosingwa para o lugar de João Paulo, a entrada de Cech para o lugar de Fucile e Tarik a substituir Ricardo Quaresma. E a verdade é que a primeira parte justificava saudades de Ricardo Quaresma, já que o futebol apresentado pelo FC Porto roçou o medíocre. Os passes não saíam, não havia fio de jogo nem ligação entre o meio-campo e o ataque. Na primeira parte e antes do golo de Lisandro López, só um excelente remate à meia-volta de Ernesto Farías ao poste da baliza de Peçanha após passe sublime de Lucho González. Mais uns minutos de apatia e de mau futebol até aos 45 minutos quando um magnífico passe de Lucho isola Lisandro que faz o primeiro da noite e 17º na sua conta pessoal. Estava quebrado o gelo no Estádio do Dragão.

Para a segunda parte, mais confiança e uma melhoria substancial no futebol praticado. Logo aos 50 minutos, Lisandro López voltou a mostrar vontade de facturar e atirou ao poste. Foi um aviso ao Paços que não ligou e 3 minutos volvidos, sofreu o segundo por Lisandro López (quem mais poderia ser?). Passe de Lucho para Farías que cruzou para o Licha arrumar, praticamente, com a questão. 18 golos em 19 jogos, são estes os números do camisola 9 do FC Porto que atravessa o melhor momento da carreira, sem dúvida. Mas não se pense que a equipa de Jesualdo Ferreira ficou por aqui. Continuou a saber explorar as dificuldades do Paços que nem conseguiu responder às investidas azuis-e-brancas. Quem agradeceu foi Hélton que teve uma noite muito calma depois da agitação de Gelsenkirchen. Aos 58 minutos, Tarik quase obrigava um jogador pacense a marcar na própria baliza mas a bola acabou por sair ao lado. O FC Porto continuava a conseguir jogar e agora, já efectuava boas jogadas de entendimento ao contrário do que sucedera na primeira parte. Para fim de festa, Lucho González fez mais um daqueles passes que só ele consegue fazer e isolou o muito criticado Mariano González que desta vez (uma das poucas vezes desde que chegou ao clube) acertou e aumentou o score para 3-0. Estava desarrumada a mobília pacense e assegurada mais uma vitória. Ficam a faltar 7 para o Tri.

MVP:

Lucho González-> Esteve nos três golos e foi dos únicos que acertaram numa primeira parte paupérrima do colectivo azul-e-branco. Fez assistências primorosas para o primeiro e terceiro golos, iniciou a jogada do segundo e teve pormenores de classe que pautaram o jogo dos portistas. Quando "El Comandante" está nos seus dias, o futebol praticado pelo FC Porto é de outra qualidade. Vai ser necessário que assim continue para enfrentar uma fase decisiva da época.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Noite germância congela fogo do Dragão.

O FC Porto perdeu por 1-0 no Arena Auf Schalke que tão boas recordações trazia aos dragões. Jogadores distraíram-se a apreciar o estádio e deram aos de casa meia hora de avanço. E foi o suficiente para trazer para a decisão da eliminatória, no Dragão, um resultado que tem tanto de ingrato como de ultrapassável.

O FC Porto ainda continua na luta por um lugar nos quartos de final.

Jesualdo fez alinhar João Paulo no lugar do lesionado Bosingwa, na tentativa de conseguir uma maior ligação entre sectores: João Paulo a poder juntar-se aos centrais, dando liberdade a Fucile para se juntar ao meio campo. Com Farías, Quaresma e Lisandro, pedia-se ao goleador mor do Porto que recuasse diversas vezes para vir buscar jogo ao meio campo.

Mas o resultado foi todo menos o esperado, os sectores desligados, a equipa inconsequente e Fucile com um verdadeiro pesadelo na primeira meia hora de jogo.
Começou cedo com Kurany, na recarga de um remate de Rafinha, após combinação que deixou a ala esquerda do Porto desfeita, fez o golo, volvidos apenas 4 minutos do jogo.
Durante mais 25 minutos o Porto continuou a não conseguir parar os ataques pela ala direita do ataque dos alemães e a não ter capacidade de ultrapassar a barreira criada por Jones e Ernst. E o resultado apenas não se avolumou devido a uma noite mais do guardião brasileiro Hélton.
Com a troca de flancos de João Paulo e Fucile, a equipa ficou mais tranquila defensivamente, começando a soltar-se mais no meio campo.

Na segunda parte, Lucho Gonzaléz tentou comandar a equipa com bons passes e uma excelente leitura de jogo mas um desinspirado Quaresma e um Farías (e mais tarde Tarik) pouco interventivo não davam seguimento ao ensejo de El Comandante. Apenas Lisandro estava na toada habitual, com muita garra e entrega a toda e cada bola.
Com o avançar do jogo o Porto foi criando mais e mais, com Lisandro, a cerca de 10 minutos do fim, a desperdiçar uma oportunidade enorme para empatar, a passe do Mustang.

Final do jogo com derrota pela margem mínima que, não sendo um bom resultado, deixa tudo em aberto para o jogo do Dragão, em Março.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Rumo a Gelsenkirchen com escala no Funchal

O Caldeirão dos Barreiros encheu na recepção ao Bi-Campeão, e os Dragões não defraudaram as espectativas dos milhares de adeptos que ajudaram a colorir de azul as bancadas de um dos recintos onde, tradicionalmente, mais dificuldades se colocam aos Portistas. Depois do desaire na Choupana, a Pérola do Atlântico foi novamente solo auspicioso para um conjunto que jogará hoje uma cartada decisiva na Liga Milionária.


Lisandro juntou mais dois à sua conta, que ascende já a 18 tentos no cômputo geral da competições nesta época.


Lisandro. Ainda e sempre Lisandro; correndo, forçando, marcando.
Quando tudo o resto falhar, haverá sempre Lisandro e seu tango em forma de luta para fazer do Porto, se não vencedor, pelo menos digno competidor em qualquer desafio.
À supremacia vincada pelo Marítimo no segundo terço da primeira metade respondeu o argentino em mais um movimento reservado à nobre classe dos que veêm em cada momento uma oportunidade. Codicioso, engendrou entre dois oponentes a nesga bastante para almejar com sucesso as redes de Marcos.
E a resistência sucumbiu.
Quaisquer instabilidades defensivas ou desacertos nas propaladas transições rápidas ficaram na sombra de uma segunda parte segura e bem conseguida, assente numa intermediária eficiente.
Farías deu lugar a Tarik, que logo fez questão de colocar os visitantes à segura margem de dois tentos, tratando Lisandro de encerrar as contas no culminar de uma excelente jogada, onde intervieram os nucleares Quaresma e Lucho.

Aos derradeiros minutos não deve descurar-se o mérito de servirem de prelúdio ao embate frente ao Schalke 04. Ao encontro foram adicionados Kaz e João Paulo, este último em novas funções de lateral direito, possíveis alternativas a ter em conta face ao esquema tipicamente alemão do oponente, baseado num meio-campo musculado e num ataque confiado a dois homens possantes.

Sem Bosingwa, baixa de vulto, os azuis-e-brancos regressam à AufSchalke Arena, palco de um dos seus mais sublimes triunfos, fará em Maio quatro anos.

Façam-nos sonhar!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Goleada

Frente ao pior Leiria dos últimos anos, o F.C. Porto deu a resposta que se pretendia a uma derrota bastante injusta em Alvalade. Uma vez mais, começou por construir a vitória bem cedo, com golos madrugadores e decisivos. Por intermédio de Bosingwa chegou à vantagem aos 18 minutos, que numa boa iniciativa individual, desequilibrou (como é costume) e rematou forte para um grande golo (ainda que a bola tivesse sofrido um desvio irregular, mas não propositado, por parte de Farías).

Vantagem conquistada, os azuis e brancos procuraram então consolidá-la. Conseguiram-no com relativa “tranquilidade”, aos 24, 44 e 62 minutos, proporcionando ao público (que desta vez até se portou como deve de ser) um belíssimo tango. Farías bisou e pelo meio o incansável Lisandro López também fez o gosto ao pé. Jesualdo Ferreira tinha razão, o F.C. Porto aprendeu com a derrota e ficou mais forte.

F.C. Porto – Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel (cap.), Bruno Alves, Fucile; Lucho (Mariano), Paulo Assunção (Castro), Raul Meireles; Lisandro, Farías (Adriano), Quaresma